sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Análise Crítica - Família Real no Brasil: vinda ou fuga?

Quando nasceu o Brasil? Em 1500? Resposta errada.

O Brasil nasceu efetivamente há 200 anos, com a vinda da família real.

Fomos colônia lusitana desde 1500, mas a corte só abriu os olhos para o desenvolvimento brasileiro a partir do momento em que se viu ameaçada na terra natal pelos franceses. Reconhecemos a sua importância, pois, além de fornecer à nossa cultura influências do resto do mundo, também possibilitou a organização de nosso país como um Estado. Dom João promoveu uma verdadeira revolução nesta terra, além de autorizar a edição de jornais e edificar prédios e logradouros públicos em várias cidades. Mais do que isso, elevou o Brasil à condição de reino unido de Portugal e, posteriormente, à independência. É bem verdade que o primeiro só ocorreu quando foi conveniente à metrópole, mas mesmo assim ocorreu.

Antes da vinda da família real ao Brasil, alguns pensadores visionários portugueses já incentivavam a mudança da corte para sua colônia na América. Obviamente, isso representava possibilidades econômicas e perspectiva de reorganização social da comunidade lusitana. Mas o que faz essa viagem ter sido boa e tão importante? Acontece que, no ano de 1808, o Brasil finalmente passa a existir, não só para Portugal, mas para o Mundo, mesmo que de forma forçada. Os portugueses passaram a enxergar, talvez por necessidade, que o Brasil era uma terra que valia a pena e que devia ser explorada. Finalmente abrimos as portas ao comércio exterior, isto é, importação e exportação de produtos. E o principal de tudo é que, quando o príncipe regente D. João VI desembarca em solo brasileiro, começam as mudanças nos campos científico e cultural. Constroem-se prédios e criam-se instituições a fim de explorar o nosso solo.

Logo na chegada da corte percebe-se o quão arrogante eram nossos antepassados: o despejamento de pessoas para fora de suas casas a fim de que essas servissem de abrigo aos integrantes da elite portuguesa é um claro exemplo. Caso houvesse antes, a corrupção e o roubo pioraram depois da chegada da corte, pois os impostos cobrados passaram a ir, em parte para a mão da coroa.

Pesquisando mais a fundo, começamos a perceber que a família real não era uma família exemplar, que fazia tudo corretamente. Ela foi muito exaltada, mas deixou muito a desejar também em algumas áreas. Em certos casos, D.João não passava de uma marionete nas mãos dos ingleses, desligado das atividades políticas do Brasil. Sempre as voltas de D.Pedro e seus "rabos-de-saia”, preocupação esta, que deixava o rei um tanto estarrecido, além das intrigas causadas pela sua esposa Carlota Joaquina. Esta, por sinal, estava sempre conspirando para que seu filho Miguel tomasse o trono e para que D. João invadisse a cisplatina para que ela pudesse representar a corte espanhola, pois sendo ela a única representante dos espanhóis no Brasil.

Enfim, a corte portuguesa veio para o Brasil com segundas intenções que, apesar da falta de organização e honestidade, muitas vezes acabaram por trazer significativas mudanças para ambos os lados. Passamos a aparecer no cenário internacional, começamos a evoluir na cultura e na ciência, sem contar com as mudanças sociais, tanto no modo de vida como na vestimenta. Porém, quando falamos em vinda da família real, sempre pensamos somente nessas boas contribuições, em seus feitos, e devemos, na verdade, observar os dois lados.

Depois de termos feito esse trabalho passo a passo, nosso objetivo era provocar o questionamento nas pessoas sobre esse assunto, que é a nossa própria história, nosso passado. Porque pouco se fala no que a corte deixou pendente, ou o que ela poderia ter feito melhor, a mais. Assim, cabe a cada um a reflexão sobre a pergunta que deixamos: Família real no Brasil, vinda ou fuga? Afinal, se houvesse um investimento no Brasil desde o seu primeiro século do descobrimento, talvez hoje pertencêssemos à lista dos países que chamamos de “primeiro mundo”.





BIBLIOGRAFIAS

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Livro 1808 - Laurentino Gomes

http://www.professordehistoria.com/resumos/familiareal.htm


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